terça-feira, 24 de junho de 2008

O Bloqueio Continental


No final do século XVIII e inicio do século XIX, grande parte da Europa estava controlada pelo Imperador francês Napoleão Bonaparte que implantou o Bloqueio Continental que teve como marca o Decreto de Berlim que foi emitido por Napoleão em 21 de novembro de 1806 após o êxito da campanha francesa contra a Prússia na batalha de Iena. O decreto proibia a importação de mercadorias do Reino Unido para países europeus aliados ou dependentes da França. O Bloqueio Continental foi a proibição do acesso a portos dos países então submetidos ao domínio do Império Francês a navios do Reino Unido. O objetivo era isolar economicamente as Ilhas Britânicas, sufocando suas relações comerciais e os contatos com os mercados consumidores dos produtos originados em suas manufaturas.
Napoleão justificou tal violação do direito internacional como uma exigência de responder à ação de bloqueio dos portos franceses por navios da Marinha do Reino Unido, que anteriormente ao decreto napoleônico havia por diversas vezes seqüestrado navios franceses.
O objetivo do bloqueio era atingir a economia britânica, já que a França não conseguia derrotar o domínio inglês dos mares nem tinha a possibilidade de invadir, com uma expedição de tropas transportadas via marítima, o Reino Unido. Depois da incursão naval inglesa na Dinamarca de agosto de 1807, o Bloqueio foi estendido também aos portos do mar Báltico e, em novembro e dezembro do mesmo ano, foi radicalizado com os dois Decretos de Milão.
Com o primeiro, qualquer navio, não apenas os britânicos, que atracassem num porto sujeito ao Bloqueio vindo de um porto do Reino Unido seria sujeito ao confisco da carga. Com o segundo decreto estabeleceu-se que os navios neutros provenientes de pontos britânicos seriam considerados sem nacionalidade e, portanto, passíveis de captura em alto-mar por parte de navios franceses. Todavia, o Bloqueio Continental foi pouco respeitado, principalmente pela corrupção (mediante o suborno) de oficiais franceses que deveriam fiscalizar a aplicação de todos os decretos.


A reação britânica
A reação do Reino Unido não tardou: foi institucionalizado o fato da Marinha Real Britânica abordar navios neutros, que tinham como destino portos franceses. Os navios abordados em alto-mar transportando mercadorias eram capturados e vendidos em leilão, além de ter a carga seqüestrada. Como resultado, as mercadorias coloniais simplesmente desapareceram dos mercados dos países sujeitos ao Bloqueio Continental.

Efeitos do bloqueio
O Bloqueio Continental revelou-se um tiro pela culatra para Napoleão. O prestigio de Napoleão foi reduzido nas terras por ele conquistadas, pois o bloqueio era mal visto pela nações aliadas à França. O desrespeito ao bloqueio fez com que a França tomasse várias medidas contra as populações por ela administradas o que causou um gasto de recursos humanos e econômicos.
A intervenção contra Espanha e Portugal no período de 1807-1809 teve como objetivo impor às duas nações o respeito ao Bloqueio e a Campanha da Rússia de 1812. Em todos os aspectos o Reino Unido conseguiu conter as conseqüências negativas do Bloqueio Continental muito mais efetivamente do que a França.
Em Portugal, o governo do príncipe D. João fazia um jogo duplo: oficialmente não se opunha ao Bloqueio Continental, mas, às escondidas, continuava a permitir a entrada de produtos ingleses em seus portos. Com a informação de que o pequeno e empobrecido reino de Portugal continuava a manter laços comerciais com a Inglaterra, Napoleão ordenou que o invadissem. Diante disso, a corte portuguesa mudou-se para o Brasil.


Feito por: Al. Castanho

segunda-feira, 9 de junho de 2008

A História da Vinda da Família Real para o Brasil.

Atenção! Esta postagem é apenas uma introdução, uma vez que faremos, adiante, novas postagens dando ênfase a cada tema específico.


No inicio do séc XIX, o imenso poderio de Napoleão Bonaparte assolava toda a Europa. Em 1806 Napoleão decretou o Bloqueio Continental contra a Inglaterra, sua principal rival, o que causou consequências para Portugal, aliado da Inglaterra, pois Napoleão, aliado a Espanha, resolveu invadir Portugal caso este país não cumprisse as exigências dele. Como Portugal não cumpriu, o exercito francês invadiu Portugal, indo em direção a Lisboa. Com isso D. João VI resolveu fugir para o Brasil, para evitar sua captura. No dia 29 de novembro de 1807 a família real, acompanhada de um imenso séquito de fidalgos, de altos funcionários, e da tropa que havia disponível na capital, embarcou para o Brasil, junto com uma frota de navios ingleses que garantiriam a proteção. No dia seguinte, os franceses entravam em Lisboa, ainda em tempo de aprisionar alguns navios do comboio real, mais retardatários na partida, e que não tiveram oportunidade de escapar. A viagem foi cheia de peripécias, devidas ao pavor que se apoderou dos fugitivos, alem de vários surtos de doenças nos navios. Por último, ainda, fortes temporais dispersaram a frota, sendo parte dela obrigada a aportar na Bahia, onde parte da corte desembarcou em 24 de janeiro de 1808.



Após a chegada na Bahia um dos primeiros atos do príncipe regente foi decretar a abertura dos portos brasileiros às nações amigas. Eles não ficaram muito tempo na Bahia, pois partiram para o Rio de Janeiro, onde alguns navios da comitiva já estavam, entre eles o da rainha. A família real se instalou no Rio de Janeiro onde D. João VI implantou seu governo, e por alguns anos governou Portugal e suas diversas colônias. Houve no seu governo alguns conflitos como a revolução pernambucana e as questões do Prata e de Caiena. Com o inicio da revolução do porto D. João se viu obrigado a retornar para Portugal, deixando, no Brasil, sob seu comando, o seu filho mais velho D. Pedro governando o Brasil, mas com a influência da corte. Logo depois D. Pedro proclamou a independência do Brasil.


Feito por: Al. Castanho

sábado, 7 de junho de 2008

A Armada que touxe a família real para o Brasil

A armada que trouxe a família real pra o Brasil em 1808 era constituída por muitos navios entre eles os navios que estavam a serviço da corte e mais quarenta alugados por particulares que se lançaram ao mar por sua própria conta.
Dentre os navios estavam: naus, brigues, fragatas, escunas, bergantins e corvetas. Muitos eram grandes e bem armados, capazes de levar grande quantidade de passageiros e grande quantidade de carga. Outros eram menores, porém mais velozes.Além desses navios uma esquadrilha inglesa acompanhou a armada portuguesa para dar apoio no caso de algum ataque em alto mar.O encarregado de comandar a armada foi Manuel da Cunha Sotomaior
Os navios que estavam a serviço da corte eram os seguintes:
●Naus:
Príncipe Real (80 canhões)-nesta nau viajou D. Maria 1ª, o Príncipe Regente e o filho mais velho,D. Pedro.

Rainha de Portugal (74 canhões)-nesta viajou D. Carlota Joaquina, com alguns dos filhos mais novos.

Princesa do Brasil (74 canhões)-nesta viajaram as irmãs da rainha e duas princesinhas.

D. João de Castro (64 canhões)-nesta nau viajou o Duque do Cavadal, o Conde de Belmonte e o Conde de Redondo.

Conde D. Henrique (74 canhões)

Martin de Freitas (64 canhões)

Afonso de Albuquerque (64 canhões)


●Fragatas:
Medusa (74 canhões)
Minerva (44 canhões)
Jutra (32 canhões)
Golfinho (34 canhões)


●Brigues:
Vingança (20 canhões)
Voador (22 canhões)

●Escunas:
A Curiosa

●Bergantins:
Três Corações