No final do século XVIII e inicio do século XIX, grande parte da Europa estava controlada pelo Imperador francês Napoleão Bonaparte que implantou o Bloqueio Continental que teve como marca o Decreto de Berlim que foi emitido por Napoleão em 21 de novembro de 1806 após o êxito da campanha francesa contra a Prússia na batalha de Iena. O decreto proibia a importação de mercadorias do Reino Unido para países europeus aliados ou dependentes da França. O Bloqueio Continental foi a proibição do acesso a portos dos países então submetidos ao domínio do Império Francês a navios do Reino Unido. O objetivo era isolar economicamente as Ilhas Britânicas, sufocando suas relações comerciais e os contatos com os mercados consumidores dos produtos originados em suas manufaturas.
Napoleão justificou tal violação do direito internacional como uma exigência de responder à ação de bloqueio dos portos franceses por navios da Marinha do Reino Unido, que anteriormente ao decreto napoleônico havia por diversas vezes seqüestrado navios franceses.
O objetivo do bloqueio era atingir a economia britânica, já que a França não conseguia derrotar o domínio inglês dos mares nem tinha a possibilidade de invadir, com uma expedição de tropas transportadas via marítima, o Reino Unido. Depois da incursão naval inglesa na Dinamarca de agosto de 1807, o Bloqueio foi estendido também aos portos do mar Báltico e, em novembro e dezembro do mesmo ano, foi radicalizado com os dois Decretos de Milão.
Com o primeiro, qualquer navio, não apenas os britânicos, que atracassem num porto sujeito ao Bloqueio vindo de um porto do Reino Unido seria sujeito ao confisco da carga. Com o segundo decreto estabeleceu-se que os navios neutros provenientes de pontos britânicos seriam considerados sem nacionalidade e, portanto, passíveis de captura em alto-mar por parte de navios franceses. Todavia, o Bloqueio Continental foi pouco respeitado, principalmente pela corrupção (mediante o suborno) de oficiais franceses que deveriam fiscalizar a aplicação de todos os decretos.
A reação britânica
A reação do Reino Unido não tardou: foi institucionalizado o fato da Marinha Real Britânica abordar navios neutros, que tinham como destino portos franceses. Os navios abordados em alto-mar transportando mercadorias eram capturados e vendidos em leilão, além de ter a carga seqüestrada. Como resultado, as mercadorias coloniais simplesmente desapareceram dos mercados dos países sujeitos ao Bloqueio Continental.
Efeitos do bloqueio
O Bloqueio Continental revelou-se um tiro pela culatra para Napoleão. O prestigio de Napoleão foi reduzido nas terras por ele conquistadas, pois o bloqueio era mal visto pela nações aliadas à França. O desrespeito ao bloqueio fez com que a França tomasse várias medidas contra as populações por ela administradas o que causou um gasto de recursos humanos e econômicos.
A intervenção contra Espanha e Portugal no período de 1807-1809 teve como objetivo impor às duas nações o respeito ao Bloqueio e a Campanha da Rússia de 1812. Em todos os aspectos o Reino Unido conseguiu conter as conseqüências negativas do Bloqueio Continental muito mais efetivamente do que a França.
Em Portugal, o governo do príncipe D. João fazia um jogo duplo: oficialmente não se opunha ao Bloqueio Continental, mas, às escondidas, continuava a permitir a entrada de produtos ingleses em seus portos. Com a informação de que o pequeno e empobrecido reino de Portugal continuava a manter laços comerciais com a Inglaterra, Napoleão ordenou que o invadissem. Diante disso, a corte portuguesa mudou-se para o Brasil.
Feito por: Al. Castanho
Napoleão justificou tal violação do direito internacional como uma exigência de responder à ação de bloqueio dos portos franceses por navios da Marinha do Reino Unido, que anteriormente ao decreto napoleônico havia por diversas vezes seqüestrado navios franceses.
O objetivo do bloqueio era atingir a economia britânica, já que a França não conseguia derrotar o domínio inglês dos mares nem tinha a possibilidade de invadir, com uma expedição de tropas transportadas via marítima, o Reino Unido. Depois da incursão naval inglesa na Dinamarca de agosto de 1807, o Bloqueio foi estendido também aos portos do mar Báltico e, em novembro e dezembro do mesmo ano, foi radicalizado com os dois Decretos de Milão.
Com o primeiro, qualquer navio, não apenas os britânicos, que atracassem num porto sujeito ao Bloqueio vindo de um porto do Reino Unido seria sujeito ao confisco da carga. Com o segundo decreto estabeleceu-se que os navios neutros provenientes de pontos britânicos seriam considerados sem nacionalidade e, portanto, passíveis de captura em alto-mar por parte de navios franceses. Todavia, o Bloqueio Continental foi pouco respeitado, principalmente pela corrupção (mediante o suborno) de oficiais franceses que deveriam fiscalizar a aplicação de todos os decretos.
A reação britânica
A reação do Reino Unido não tardou: foi institucionalizado o fato da Marinha Real Britânica abordar navios neutros, que tinham como destino portos franceses. Os navios abordados em alto-mar transportando mercadorias eram capturados e vendidos em leilão, além de ter a carga seqüestrada. Como resultado, as mercadorias coloniais simplesmente desapareceram dos mercados dos países sujeitos ao Bloqueio Continental.
Efeitos do bloqueio
O Bloqueio Continental revelou-se um tiro pela culatra para Napoleão. O prestigio de Napoleão foi reduzido nas terras por ele conquistadas, pois o bloqueio era mal visto pela nações aliadas à França. O desrespeito ao bloqueio fez com que a França tomasse várias medidas contra as populações por ela administradas o que causou um gasto de recursos humanos e econômicos.
A intervenção contra Espanha e Portugal no período de 1807-1809 teve como objetivo impor às duas nações o respeito ao Bloqueio e a Campanha da Rússia de 1812. Em todos os aspectos o Reino Unido conseguiu conter as conseqüências negativas do Bloqueio Continental muito mais efetivamente do que a França.
Em Portugal, o governo do príncipe D. João fazia um jogo duplo: oficialmente não se opunha ao Bloqueio Continental, mas, às escondidas, continuava a permitir a entrada de produtos ingleses em seus portos. Com a informação de que o pequeno e empobrecido reino de Portugal continuava a manter laços comerciais com a Inglaterra, Napoleão ordenou que o invadissem. Diante disso, a corte portuguesa mudou-se para o Brasil.
Feito por: Al. Castanho