
O pior tratado para Portugal, foi o de Met

Os tratados de 1810 – Devido à dependência de Portugal que D. João se submeteu às exigências inglesas e se transferiu para o Brasil. Em 1810, quando a Corte já se encontrava no Rio de Janeiro, a Inglaterra fez D. João assinar três tratados que a favorecia. Um deles era o de Amizade e Aliança o outro de Comércio e Navegação e um último que veio regulamentar as relações postais entre os dois reinos. Esses tratados serviram para ferir frontalmente os interesses econômicos de Portugal e do Brasil, além de impor uma humilhação política à soberania lusitana.

Em um artigo do segundo tratado, por exemplo, a Inglaterra exigiu o direito de extraterritorialidade. Isso significava que os súditos ingleses radicados em domínios portugueses não se submeteriam às leis portuguesas. Assim; esses súditos elegeriam seus próprios juízes, que os julgariam segundo as leis inglesas.
Outro aspecto escandaloso dos tratados foi o direito assegurado à Inglaterra de colocar suas mercadorias no Brasil mediante a taxa de 15%, enquanto os produtos portugueses pagavam 16%, isto é, 1 % a mais que os ingleses! Os demais países estavam submetidos à taxação de 24% em nossas alfândegas.
Os tratados foram tão brutos porque a economia inglesa sofreu muito durante as guerras napoleônicas e suas consequências, tornando obrigatória a necessidade de abrir novos mercados. A presença inglesa trouxe modificações radicais na posição do Brasil dentro do mercado internacional: saiu da órbita do colonialismo mercantilista português para ingressar na dependência do capitalismo industrial inglês.
A Inglaterra e as Novas Formas de Dominação

Após a abertura dos portos, pela primeira vez o Brasil pôde manter contatos comerciais diretos e regulares com o exterior, sem a intermediação de Portugal. O Rio de Janeiro transformou-se então num "empório do Atlântico Sul". Ali chegavam várias mercadorias de diversas procedências e saiam os produtos brasileiros.
Com o fim do monopólio da Metrópole, uma nova forma de dependência se estabeleceu, manifestando-se no déficit permanente da balança comercial externa. Essa situação ocorreu devido à franquia dos portos, que alterou as tarifas alfandegárias de 48% para 24% , a fim de favorecer contatos comerciais diversificados. Porém as trocas comerciais não favoreceram o Brasil. Uma das causas desse não favorecimento foi a ruptura colonial, uma vez que nosso comércio era equilibrado, embora a produção fosse prejudicada pelas excessivas taxas e restrições em favor da metrópole. Em compensação, Portugal representava um mercado garantido para as exportações brasileiras.
A abertura dos portos alterou profundamente os hábitos de consumo no Brasil, com a chegada de grande quantidade de mercadorias, sobretudo de origem inglesa. Um viajante inglês, John Mawe, assim descreveu o Rio dessa época:
"O mercado ficou inteiramente abarrotado; tão grande e inesperado foi o fluxo de manufaturas inglesas no Rio, logo em seguida à chegada do Príncipe Regente, que os aluguéis das casas para armazená-las elevaram-se vertiginosamente. A baía estava coalhada de navios, e em breve a alfândega transbordou com o volume das mercadorias. Montes de ferragens e pregos, peixe salgado, montanhas de queijos, chapéus, caixas de vidro, cerâmica, cordoalha, cerveja engarrafada em barris, tintas, gomas, resinas, alcatrão, etc., achavam se expostos não somente ao sol e á chuva, mas à depredação geral; (...) espartilhos, caixões mortuários, selas e mesmo patins para gelo abarrotavam o mercado, no qual não poderiam ser vendidos e para o qual nunca deveriam ter sido enviados."

Enquanto isso, as exportações brasileiras não cresciam muito nem rapidamente quanto era necessário para fazer frente às importações. A Inglaterra não adquiria produtos brasileiros, pois suas colônias já os produziam. Só entravam no mercado britânico aquelas mercadorias consideradas úteis às indústrias têxteis, como o algodão e o pau-brasil. De Portugal, a Inglaterra adquiria o vinho e o azeite. Com isso, a balança comercial do Brasil tornou-se deficitária.
Esse déficit permanente precisava ser saldado de alguma forma. A solução dependia do fluxo de capital estrangeiro, que aqui chegava na forma de empréstimo público. Mas os altos juros cobrados apenas agravavam a situação e, por volta de 1850, representavam 40% das finanças públicas.
Feito pelo aluno Castanho
Um comentário:
Após o fim da União Ibérica, Portugal estava com sua economia muito fragilizada, mas graças a Inglaterra, sua importante aliada pode se reestruturar. Com Napoleão houve o contrário, pois a Inglaterra passava por muitas dificuldades em virtude da guerra, mas Portugal acabou fazendo ela se recuperar. Porém Portugal se viu obrigado a ajudá-la, pois a Inglaterra impôs ao rei de Portugal vários tratados, na qual este foi obrigado a aceitar. Esses tratados acabaram por prejudicar Portugal, pois neles Portugal saia com muita desvantagem, além de ter tratados na qual era literalmente humilhado.
Para Portugal a dependência para a Inglaterra foi ruim porque a maior parte da riqueza que as colônias, principalmente o Brasil, produziam para Portugal íam parar em mãos inglesas.
Para a Inglaterra essa aliança foi muito boa, pois ela pode se recuperar após as guerras napoleônicas, além de ter outros mercados consumidores, como o Brasil.
Para o Brasil a aliança foi boa, mas ao mesmo tempo ruim. Ruim porque as suas riquezas íam direto para a Inglaterra, mas boa porque houve um grande desenvolvimento no Brasil, devido aos ingleses, que enviavam para o Brasil produtos novos, habitantes e riquezas. Isso proporcionou uma melhora na economia e na vida das pessoas.
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